segunda-feira, 11 de outubro de 2010

BRASIL Dos MULÉQUES.


Meninos do  vermelho,
Do amarelo meninos,
Do verde, meninos do verde,
Um Brasil de muleques!

Menino ficou verde,
Foi fome, será?
Foi tapa, talvez?
A  pressão, será?
E  vamos botar fogo nessa gordura!

Menino deixou o fulano amarelo,
Amarelo, fulano se mijou,
Se mijou e foi chorar.
Foi pai de família, será?
Será que foi?

Ciclano torto ?
Será que foi ele?
Será?
Foi  o beltrano!
Algum foi o dano.

Ligação anônima?
Aplausos de farda prestativa!

De fogo na mão, será?
A bala comendo, pelas beiradas, será?

O dedo, deslizou!
A arma, praguejou!
O sóbrio camarada!
Foi se uma vida desgraçada!

O sangue interrompeu, alma entrou em trauma.

O dia tá bonito né?
E como não!

Menino com peito vermelho,
Aberto em chamas,o peito,
Com sangue aglomerado feito alegoria de carnaval.

Tá quente hoje, não tá?

Escorre em segredo,
Vista boa, é vista grossa!
De orgulho aplaude a sociedade.


E o silêncio, já pelas eiras do moinho,
Engole mais,
Nossos  Meninos do Brasil!




Raphaah Abreu

2 comentários:

  1. Excelente postagem, amigo poeta ! Parabéns pelo teu espaço. Obrigada pela presença, sempre serás bem-vindo ! Beijos.

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir