De boca aberta,
Espremendo os olhos,
pra ver o palhaço na corda bamba.
Lá o palhaço, afunilando as idéias,
tomou formas mil.
Com os dentes amarelados,
E fala humilde,
Feito fumo de corda.
Quando vi aquele bucadu de gente,
virar um trabuco de coisa,
Cuspindo pedra,
No pobre palhaço.
De dente amarelo, nem gritou de vergonha,
Humilhado suplicou piedade,
Claro que ninguém espichou o ouvido,
E feito martelo,
A massa bateu!
O prego fincou,
Pregou aflição,
E de mal gargalhou,
Em vez de chorar a própria tragédia.
Tudo porque ele disse não.
Só porque ele resolveu que o não,
seria o sim do dia!
Raphaah Abreu
Raphaah Abreu
Eu encaro meu não de hj como um sim do amanhã....tenho sempre essa visão otimista de que o que é pra ser meu tá resguardado.
ResponderExcluirUM que de revolta em seus poemas que muito me agrada, que essa inconformidade possa te levar sempre ao adiante.
Obrigada por me seguir , tb te sigo aqui.
Erikah